domingo, 5 de dezembro de 2010

Inverno


O Inverno lembra-me sempre da minha alma, pesa-ma, revolta-ma, na vontade de ser nuvem à espera do vendaval que a leve para longe.
O Inverno lembra-me que me tenho de ir embora, de mudar, de sentir o Sol e de respirar ao entardecer. Faz-me lembrar que tenho de deixar de tentar compreender as coisas ao pormenor e de aprender a lidar como facto de que, por mais que se tente, as folhas das árvores acabam por cair para dar lugar a outras folhas.
Há coisas que acontecem só porque sim, outras porque não poderiam ser de outra maneira.
Estou cansado. Tenho frio. Estou vazio. Não há folha que recrudesça em mim.

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