terça-feira, 30 de junho de 2009

Política Internacional

Se a moda pega por cá...
Por acaso, conheço um par deles que mereciam igual tratamento. E, de preferência, com transmissão televisiva em horário nobre, que ando farto de novelas.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Verdade


É verdade que estou farto desta incerteza
Da incerteza de ser eu e não o outro eu
Amiúde
Do cigarro no canto da boca
Do Agosto que chega e logo depois é Inverno
Do tempo que passa a correr e nada se vê
É verdade que amo e não me canso de amar
O Sol e o vento e o dia e a noite
Respirar, ouvir, de olhos fechados
Lá longe no planalto mais verde acima do mar
Escrevo um poema de imagens que só podem ser
sentidas sem se dizer
A sonhar porque te sonho
É verdade que estou aqui
Porque também estás.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Nada para dizer


Não tenho nada para dizer. Nem me apetece fazê-lo. Os feriados a meio da semana têm o demérito de me desmotivar para o resto da semana que falta. O que torna a minha vida mais difícil do que é habitual.

Sim, feriados a uma quarta-feira são do pior que há, porque nos dão aquela terrível sensação de segunda à quinta, com uma agravante: se só às terças recuperamos o ritmo de trabalho, que atinge o seu pico logo no dia seguinte - ante-véspera de nos sentirmos de rastos - significa que foi uma semana perdida. Basta fazer as contas: dois dias de recuperação do descanso mais dois dias de rastos significa afinal que, o único dia em que poderiamos de facto ter feito qualquer coisa de útil coincidiu com um dia de descanso.

Ora, isto a mim faz-me muita confusão. Então o meu melhor dia de trabalho é aquele em que não se trabalha? Será que, por este andar, vou começar a trabalhar só aos Sábados e Domingos? E nas férias? E em todos os outros dias em que anda tudo no passeio? Dramático, portanto.

Depois, para que serve um feriado à quarta se no dia seguinte temos de levar o corpo para o escritório? Um desperdício.

Se eu mandasse, e a bem da produtividade do País não haveria feriado que não calhasse à sexta: quando a semana é mais curta, a recuperação do fim de semana é mais rápida e vamos todos descansar mais fresquinhos, à quinta, logo antes de não nos apatecer trabalhar.

Meditem, que hoje a mim não me apetece. Aliás pelo texto bem se vê.

terça-feira, 23 de junho de 2009

São João


O S.João é daquelas noites em que a malta do Porto não se importa mesmo nada de ir para a rua levar umas marteladas, sempre com um sorriso de contentamento, pondo até a cabeça de feição para as ditas serem mais sonoras. A noite começava invariavelmente com uma "sardinhada" de febras de porco (o peixe não quer nada comigo e vice-versa), depois um encontro com os amigos na Praça da Batalha, descendo até às Fontainhas para ver as cascatas, andar de carrocel e beber umas ginjas nos "tirinhos", descendo depois a Rampa da Corticeira até ao Douro, com passagem pela Ribeira para "abastecer" antes de ir descansar os pés para os Aliados à espera do fogo de artifício. A festa rija começava então, naquela época em que só em noites contadas podia chegar a casa depois de o dia nascer, invariavelmente na praia - se bem que nunca percebi muito bem qual era o espírito de, depois de horas aos saltos e quilómetros nos pés nos dirigir-mos pela Avenida da Boavista abaixo, mais mortos do que vivos.
Hoje a tradição mudou e a festa deslocalizou-se, da baixa do Porto para as suas margens.
Mas logo lá estarei eu, de martelinho numa mão e "bejeca" na outra. Porque nesta noite só o Porto importa. E a rua é de todos.

Um dia

Apetece-me dizer

Que as letras do teu nome são a minha dor anónima

No azul mais profundo e à tona

Num acorde

Da lágrima embebida que pela chama me consome

Até querer deixar de acordar

Perco-me repetidamente a todas as vezes que

Caio em mim

E me levanto para a mesma cor de amanhã

Na mesma evidência do previsível

Mais do mesmo porque só o igual se espera

Porque temos pena, mas fecharam-se as portas

À margem do que seria possível

Como se o mundo tivesse sabor diferente se servido

No cliché pateta do amorfismo dos outros

Como se crescer fosse esquecer de dar vida à vida

Mas o meu coração ainda bate.

Não vendo sorrisos nem regateio palavras

O meu sonho ainda é o mesmo

Até que me dure a alma.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Regresso



Entretido a seguir blogues, lembrei-me que tinha um, cujo conteúdo, por razões que sóbriamente não me recordo, desapareceu. Quem me conhece sabe bem da minha tendencia para me fartar das coisas bem antes que virem moda, ou "bem", ou "in", pitéu da "populaxa", tipo telemóvel de última geração.
Aconteceu com as "texanas" que comprava em Almança, com as calças "Uniform", com os "engates" nos chats, com os sapatos "Miguel Vieira", com o "Público", com as saudosas segundas de poesia no "Pinguim Café", as tertúlias ganzadas e o chá de maracujá... Eu sei lá, tantas coisas que se ponho a falar de todas ainda me vão achar mais chato do que aquilo que pareço. E olhem que não é nada fácil.
Inevitávelmente o desinteresse chegou também aqui. Não que alguma vez tenha chegado a ser interessante, o mais certo é ter chegado uma noite a casa meio tocado e ter clicado onde não devia.
De qualquer forma, e como até ando sem tempo para uma vida social mais activa, decidi reabrir o meu cantinho de discussão e partilha, se bem que julgo ser impossivel recuperar muito do que aqui deixei escrito ( e olhem que algumas coisas eram bastante bonitas - ou pelo menos pareciam).
Não sou nem político nem apolítico, não tenho outra pretensão que não seja conhecer outras formas de estar e de pensar. A troca de ideias é das coisas mais estimulantes que pode haver - pelo menos de forma lícita e permante - e não faz mal à saúde.
Por todas as razões e mais algumas, sejam bem vindos e os contributos que certamente trarão.
Um abraço e até já.