Apetece-me dizer
Que as letras do teu nome são a minha dor anónima
No azul mais profundo e à tona
Num acorde
Da lágrima embebida que pela chama me consome
Até querer deixar de acordar
Perco-me repetidamente a todas as vezes que
Caio em mim
E me levanto para a mesma cor de amanhã
Na mesma evidência do previsível
Mais do mesmo porque só o igual se espera
Porque temos pena, mas fecharam-se as portas
À margem do que seria possível
Como se o mundo tivesse sabor diferente se servido
No cliché pateta do amorfismo dos outros
Como se crescer fosse esquecer de dar vida à vida
Mas o meu coração ainda bate.
Não vendo sorrisos nem regateio palavras
O meu sonho ainda é o mesmo
Até que me dure a alma.
1 comentário:
Nem sempre o que se escreve tem um motivo concreto. Regra geral, é mesmo só porque sim.
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